"É
uma satisfação ter a confiança do governador para assumir este cargo. Agora,
vamos nos reunir com o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha,
para traçar as diretrizes de atuação no órgão". É o que afirmou, ontem, o
novo titular da Superintendência do Sistema Penitenciário, major Mauro Barbas
da Silva, de 39 anos. O secretário da Segup também falou sobre o novo titular
da Susipe. "É um policial que já trabalhou no sistema penitenciário e foi
uma nomeação do governador Simão Jatene mediante uma consulta técnica aos
membros do sistema de segurança pública do Estado", afirmou
O major
Mauro Barbas possui vasta experiência na área da segurança pública. Paraense e
há 20 anos na Policia Militar do Pará, ele se formou na Academia da Policia
Militar Coronel Fontoura, em Ananindeua. E já atuou no 11º Batalhão da PM, em
Capanema, 2º Batalhão em Belém, Comando de Missões Especiais (CME) e também já
foi diretor de duas casas penais, o Centro de Recuperação Especial Coronel
Anastácio das Neves e o Centro de Recuperação de Americano 2 (hoje Centro de
Recuperação Penitenciário do Pará 2).
Pela
manhã, o secretário Luiz Fernandes elogiou a atuação do ex-superintendente da
Susipe, major Francisco Bernardes, que foi exonerado ontem e ficou nove meses
no cargo. "O major Bernardes prestou um grande serviço para o Estado,
inclusive retirando todos os presos das delegacias da capital. Mas,
infelizmente, não foi ágil em adotar providências quando tomou conhecimento das
irregularidades na colônia penal. Como ele não deu a resposta esperada, o
governador seguiu a coerência que já disse que é do seu trabalho",
explicou. O secretário disse ainda que visitou, anteontem, a Colônia Agrícola
Heleno Fragoso, juntamente com os técnicos e engenheiros da Secretaria de
Estado de Obras Públicas (Seop), para verificar a construção do muro, que foi
anunciada como uma das medidas para evitar a fuga dos detentos e a possível
entrada de pessoas naquela área de segurança.
PM põe
fim à farra de presos
Secretário
de Segurança, Luiz Fernandes, anunciou ontem a ocupação por policiais militares
da Heleno Fragoso, local onde garota estuprada durante quatro dias por presos
denunciou a existência de orgias
A partir
de hoje, policiais militares vão ocupar a Colônia Agrícola Heleno Fragoso
(CAHF). Eles darão apoio aos agentes prisionais que trabalham naquela casa
penal. E ali vão permanecer até a construção do muro da colônia, que deverá
estar concluído em quatro meses. A decisão foi anunciada ontem, pelo secretário
de Estado de Segurança Pública, Luiz Fernandes. Em entrevista à imprensa, no
final da tarde, ele também apresentou o novo titular da Superintendência do
Sistema Penitenciário, major Mauro Barbas da Silva. Mas ainda não está definido
o nome do novo diretor da colônia.
Por se
tratar de um presídio de regime semiaberto, a legislação não permite a presença
policiais militares dentro da colônia agrícola, mas, sim, agentes prisionais. A
ausência desse policiamento é apontada, pelos agentes prisionais como um
obstáculo para que se tenha controle sobre a ação dos detentos. Segundo os 17
agentes prisionais demitidos da colônia, os internos têm facilidade para entrar
e sair da casa penal. Na tarde de segunda-feira, os agentes prisionais
afirmaram que, em grupos de 20, 30 ou mais, os internos deixam a colônia, que
fica em uma área extensa e cercada de mata fechada, para a qual retornam, horas
depois, trazendo mochilas nas quais, suspeitam eles, há bebidas alcoólicas,
drogas, celulares e até mesmo armas de fogo.
Segundo o
secretário, a presença dos PMs será uma 'exceção' enquanto se providencia o
cercamento daquela área e, também, a construção de mais dois alojamentos, com
capacidade para 100 presos cada um. 'Por isso os policiais vão estar lá',
disse. Luiz Fernandes disse também que está-se verificando se os policiais
ficarão lá até que se faça a construção do muro ou se, para que seja feito esse
serviço, haverá a transferência de detentos. 'O certo é que essa situação vai
ter que ficar resolvida', afirmou.
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