Corrupção é
denunciada. polícia federal foi chamada para fazer investigação.
Até as 16h de ontem, 28/10 o Comitê de Combate à Corrupção recebeu 269
denúncias de compra de voto, sendo 63 já encaminhadas para a Polícia Federal e
Ministério Público Federal para investigação. O valor pago variou de R$ 50,00 a
R$ 300,00, em média. A coordenadora do comitê, irmã Henriqueta Cavalcante, reforçou
que quem se vale dessa prática para ganhar eleição já demonstrou que não será
um bom administrador.
O serviço 0800 montado pela
Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para receber denúncias de
compra de votos funcionou até às 17h de ontem. O balanço parcial a uma hora do
encerramento apontou 269 telefonemas recebidos com denúncias de oferta de
vantagens a eleitores para que eles escolhessem o candidato que estava pagando.
A coordenadora considerou o número de
denúncias elevado e ao mesmo tempo péssimo para a democracia. "Essa
campanha foi de última qualidade. A maior configuração de compra de votos. A
população está indignada com a prática criminosa", destacou.
Segundo a irmã, a maioria das denúncias
foi de compra direta de votos, com pagamento em dinheiro, diferente do primeiro
turno, quando foi comum a doação de cestas básicas. Ela revelou que as ofertas
estavam acontecendo até os últimos minutos da votação.
A expectativa é que a PF e o MPF
consigam consolidar as denúncias para que os responsáveis pela compra do voto
sejam responsabilizados criminalmente. Entre os casos denunciados há os de
pessoas que contaram ter feito fotografia da urna na hora da votação para
comprovarem o voto e receberem o dinheiro prometido depois.
Dois vereadores também foram acusados
de praticarem o crime eleitoral dentro de suas residências. Todas as situações
levam a irmã a considerar o quadro muito preocupante porque a compra de votos
compromete o futuro.
"Voto não tem preço, tem
consequências. Quem se submete à compra de votos tem 90% de certeza de que não
vai fazer uma boa administração porque já está demonstrando que não tem
caráter, nem responsabilidade. A compra de voto é a insegurança do candidato
que sabe que não tem proposta para ganhar", reforçou.
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