Evento desembarca no país
para desvendar a forma como vivem as mulheres brasileiras
Entre os temas paralelos que
serão debatidos no evento estão acesso a crédito, sustentabilidade, saúde,
violência e tráfico humano. 'A falta de educação formal e a dependência
financeira levam a outras questões como a própria violência', ressalta
Daniella.
O evento terá três painéis
compostos cada um por cinco mulheres, com excelência em suas áreas de atuação,
como a doutora em Letras e professora Amarílis Tupiassu, a cineasta Jorane
Castro, a cientista política Luzia Álvares e a médica Heloísa Guimarães. 'Serão
painéis bem diversificados e teremos ainda painelistas americanas e uma
holandesa', acrescenta Daniella.
A Cúpula terá ainda um
momento reservado à educação e empreendedorismo. Entre os palestrantes estará a
coordenadora do PróPaz, Izabela Jatene, que apresentará o programa de
atendimento integral, interdisciplinar e de qualidade às crianças e
adolescentes vítimas de violência, além de outros desdobramentos como PróPaz
Cidadania e o PróPaz nos Bairros. 'O PróPaz deveria ser estendido para todo o
País, porque é um programa modelo', avalia.
Outra palestrante será a
educadora doutora em filologia e linguística Yvonne Bezerra de Mello, conhecida
nacionalmente depois da chacina da Candelária, em 1993. Chamada pelas crianças
de 'Tia Yvonne', a educadora foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local, após
receber um pedido de ajuda por telefone no meio da madrugada. Foi ela quem
transportou os sobreviventes para a delegacia e depois, ao longo dos anos,
lutou pela condenação dos responsáveis. Há cerca de 14 anos criou o Projeto
Uerê, na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, onde oferece educação especializada
e assistência a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, que já
beneficiou 2.250 crianças e, atualmente, atende a 430 pessoas. Tanto a
coordenadora do PróPaz quanto a criadora do Projeto Uerê comporão as três
Cúpulas no Brasil.
Objetivo é fomentar uma
cultura de paz
Nascida no Rio de Janeiro e
com parte da família em Belém, Daniella d’Ávila mora nos Estados Unidos e diz
que Belém foi escolhida para sediar a estreia do evento no País pela sua
diversidade cultural, política, econômica e pela importância que a região
amazônica tem para o mundo.
Os trabalhos que antecedem a
Cúpula na capital do Pará mostram que a escolha foi acertada. 'Aqui há muitas
mulheres de fibra que desenvolvem trabalhos muito bons e amam o que fazem',
reforça d’Ávila.
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