quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ministério Público ouve diretores da Alepa sobre caso das servidoras fantasmas


O promotor de justiça do Ministério Público Nelson Medrado ouve hoje, ao meio-dia, os depoimentos de dois servidores da Assembleia Legislativa do Estado: Afonso Carlos Paulo de Oliveira, diretor do Departamento Legislativo da Casa, e Maria Dulce Souza, que dirige o setor do Diário Oficial do Legislativo. Os dois supervisionam os setores nos quais estão lotadas duas servidoras que, segundo as investigações do MP, seriam fantasmas, Madalena Maria de Castro Ribeiro e Maria de Fátima da Silva Medeiros. As duas acumulam ilegalmente cargos na Assembleia Legislativa e em outros órgãos do Estado.

Os supervisores foram chamados para explicar ao promotor quem atestava a frequência das servidoras na Alepa, já que as investigações do MP apontam que nenhuma das duas comparecia ao expediente no Palácio da Cabanagem, sede do Legislativo. Madalena Maria de Castro Ribeiro é funcionária da Alepa desde 1988, mas, em 1990, foi aprovada em um concurso público da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefa), quando passou a acumular as duas funções. Já a outra suposta "fantasma", Maria de Fátima da Silva Medeiros é funcionária da Alepa desde 1985 e, em julho do mesmo ano, ela foi nomeada como técnica bancária no Banpará.

Os Procedimentos Administrativos Preparatórios (PAD’s) instaurados para apurar o caso já estão em andamento há cerca de um mês. Assim que os trabalhos forem concluídos, o promotor pretende entrar com ações de improbidade administrativa contra as servidoras, pedindo, inclusive, a devolução do valor recebido indevidamente na Alepa aos cofres públicos. Cada uma recebe cerca de R$7 mil na Alepa. O procurador-geral da Alepa, Sebastião Godinho, adiantou que ambos os diretores afirmaram que as funcionárias assinavam o ponto de entrada e saída normalmente, mas disseram não saber se elas, de fato, permaneciam na Casa.


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