domingo, 30 de outubro de 2011

Plenária vai discutir estratégias de campanha do “Não à Divisão do Pará” que trará custos e perdas para demais Estados

Plenária vai discutir estratégias de campanha do “Não à Divisão do Pará”
Com o objetivo de definir estratégias à campanha contra a divisão do Pará, o deputado federal, Arnaldo Jordy (PPS/Pa), juntamente com lideranças políticas, sindicais, religiosas e comunitárias, promove na próxima-segunda-feira, 31, às 19 horas, uma ampla plenária para ouvir propostas, esclarecer dúvidas e fortalecer o movimento pela não divisão do Estado.
A proposta é mobilizar lideranças, militantes e população de um modo geral para reforçar a campanha do “Não” nas ruas visando ao plebiscito do dia 11 de dezembro, quando a população paraense irá às urnas dizer se é contra ou a favor a divisão do Pará.

Local: Auditório da Igreja Anglicana - End. Av. Serzedelo Correa, 514 entre Gentil e Conselheiro Furtado (em frente ao Cemitério da Soledade)


Divisão trará custos e perdas para demais Estados
A conta pela criação dos Estados de Carajás e Tapajós, que podem surgir da divisão do Pará, deve ser paga pela União e pelos outros Estados. Em 11 de dezembro, os paraenses decidirão em plebiscito se desejam a divisão. Caso repita o acordo feito com Tocantins, em 1988, a União injetará mais de R$ 1 bilhão nos dois novos Estados. Carajás e Tapajós poderão pleitear benefício semelhante ao de Tocantins, que recebeu um auxílio que, hoje, equivale a

R$ 680 milhões.

Outra possibilidade é que Carajás e Tapajós se beneficiem de aumento nos repasses federais do FPE (Fundo de Participação dos Estados). Nesse caso, os demais Estados é que perderiam recursos.


Essa guerra de números já esquenta a campanha do plebiscito sobre a divisão do Pará. Há duas projeções: os favoráveis a Carajás e Tapajós preveem máquinas públicas enxutas, e o outro lado faz cálculos levando em conta uma administração inchada.


Os defensores da divisão se apoiam no economista Célio Costa, que ajudou a criar o Tocantins e prevê um aumento nos repasses do FPE.


O Pará recebeu R$ 2,9 bilhões de FPE em 2010. Costa calcula que, com a divisão, os novos Estados já receberiam mais que isso. Ele estima R$ 1,1 bilhão para Carajás e R$ 2,2 bilhões para Tapajós.


Somando tais repasses à arrecadação, cada Estado teria uma receita de R$ 3 bilhões e chegaria ao equilíbrio. Mas, nesse caso, o acréscimo de R$ 3,3 bilhões seria abatido das transferências aos demais Estados. Só o Pará perderia R$ 300 milhões.


A estimativa usada na campanha contra a divisão é do economista Rogério Boueri, do Ipea. Ele calcula que os novos Estados seriam inviáveis. Levando em conta os futuros PIBs de Carajás e Tapajós, ele afirma que os Estados, juntos, teriam um deficit anual de R$ 1,9 bilhão, que teria de ser bancado pela União.
“Não” vai leiloar camisas de Ganso


O jogador paraense Paulo Henrique Ganso doou duas camisas do Santos autografadas por ele a uma das frentes contrárias à divisão do Pará. As camisas serão leiloadas para ajudar a frente a arrecadar recursos para a campanha.

Os eleitores paraenses vão às urnas no dia 11 de dezembro para um plebiscito sobre a possível criação de mais dois Estados, dividindo o atual território do Pará: Carajás (sul e sudeste) e Tapajós (região oeste).


A ideia da frente contra Carajás é fazer um leilão com outros artigos de famosos, como uma camisa do lateral santista Marcos Rogério Lopes, o Pará, e luvas do lutador Lyoto Machida, do UFC (Ultimate Fighting Championship). O grupo ainda estuda se haverá lances abertos na internet.

As camisas de Ganso - uma alvinegra, de 2011, e uma azul, usada durante treinos em 2009 - chegaram ontem, segundo o presidente da frente, o deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB). Ainda não foram definidos valores para os lances mínimos. Nascido em Ananindeua (região metropolitana de Belém), Ganso aceitou atuar de graça como garoto-propaganda do “não”, contra a divisão do Estado. Ele foi convidado no final de julho pelo presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o também paraense Ophir Cavalcante. (Folhapress/ Diário do Pará)



COMO FICARÃO OS ESTADOS E PARÁ REMANESCENTE


População - 4,8 milhões


Área - 218,7 mil km


PIB per capita - R$ 6.461


Taxa de homicídios (por 100 mil habitantes): 19,4




Carajás

População - 1,5 milhão


Área - 296,6 mil km


PIB per capita - R$ 10.496


Taxa de homicídios (por 100 mil habitantes): 55,3




Tapajós

População - 1,1 milhão


Área - 732,5 mil km


PIB per capita - R$ 4.960


Taxa de homicídios (por 100 mil habitantes): 15,8




RECEITAS DIVERGENTES


Economistas fazem estimativas diferentes para cofres dos novos Estados

- segundo Célio Costa




Carajás:

Receita: R$ 3 bilhões


Despesas: R$ 2 bilhões


Superávit: R$ 1 bilhão




Tapajós:

Receita: R$ 3 bilhões


Despesas: R$ 1,5 bilhão


Superávit: R$ 1,5 bilhão




Quem pagaria?


Demais Estados perderiam


R$ 3 bilhões em repasses do Fundo de Participação


dos Estados


- segundo Rogério Boueri (Ipea)




Carajás

Receita: R$ 2,6 bilhões


Despesas correntes: R$ 3,7 bilhões


Déficit: R$ 1,1 bilhão




Tapajós

Receita: R$ 1,05 bilhão


Despesas correntes: R$ 1,9 bilhão


Déficit: R$ 864 milhões




Quem pagaria?


Governo federal teria que repassar aos Estados


R$ 2 bilhões para zerar o déficit nas contas




Fonte: Governo do Pará

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