Em três anos
De 2007 a 2010, a renda do
nortista registra alta de 10,3%, diz IBGE
O salário médio mensal dos
nortistas não está mais entre os piores do Brasil. De acordo com a pesquisa
intitulada Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgada ontem pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2007 e 2010,
houve um crescimento de 10,3% na renda mensal dos trabalhadores do Norte –
índice que corresponde a segunda maior elevação do período dentre todas as
regiões brasileiras, atrás apenas do Nordeste (15,6%). Com a expansão, o Norte
passa a ocupar a terceira colocação no ranking de melhor salário por
região, superando o Sul do País. Em média, o vencimento dos nortistas fechou
2010 na casa dos R$ 1.511,36, sendo superado apenas pelo Centro-Oeste (R$
1.995,55) e Sudeste (R$ 1.790,22). Em igual período, o trabalhador do Nordeste
recebeu, em média, R$ 1.288,34 e o do Sul, R$ 1.493,42. A média nacional em
2010 era de R$ 1.650,30.
Em 2007, os empregados
formais do Norte tinham renda média de R$ 1.370,14 – valor que correspondia ao
segundo pior salário médio dentre as grandes regiões, superando apenas o
Nordeste (R$ 1.114,80). Os maiores vencimentos eram concentrados nas regiões
Centro-Oeste (R$ 1.836,96), Sudeste (R$ 1.652,65) e Sul (R$ 1.395,05). A
distribuição da renda entre os nortistas está mais concentrada entre a faixa de
um a dois salários mínimos. De 2007 a 2010 houve uma redução no percentual de
pessoas que recebiam até um salário mínimo, retraindo de 6,3% da população,
para 4,8%. Em contrapartida, cresceu de 40% para 43,5% o volume de nortistas
que ganham de um a dois salários mínimos. Já a distribuição por sexo do pessoal
ocupado, entre 2009 e 2010, mostra que aumentou o número de homens no mercado
de trabalho, de 57,6% para 57,9%, ao passo que reduziu o de mulheres, de 42,4%
para 42,1%.
O nível de escolaridade
também mudou entre os trabalhadores do Norte na virada de 2009 para 2010. Neste
intervalo, o percentual de empregados com nível superior cresceu de 15,3% para
15,4%, ao passo que o sem nível superior reduziu de 84,7% para 84,6%. O setor
que mais gerou emprego no Norte do País, entre 2007 e 2010, foi o comércio, que
ocupou 20,4% da mão-de-obra regional. A construção civil vem em segundo lugar,
empregando 15,8% dos trabalhadores nortistas. Atividades administrativas
(10,9%), alojamento e alimentação (3,1%) e transporte (2,9%) fecham a lista dos
cinco principais segmentos que mais empregam no Norte. Em termos nacionais, o
comércio também é setor que mais emprega: 22,9%, contra 15,1% da construção
civil, segundo ramo de atividade com maior número de ocupações. O transporte é
o que tem menos postos de trabalho: 6%.
COMÉRCIO
O número de estabelecimentos
comerciais cresceu 22% no Pará, entre 2007 e 2010. A quantidade de unidades
locais com inscrição na junta comercial paraense aumentou de 62.322, em 2007
para 76.081, em 2010, ou seja, 13.759 empreendimentos a mais, em apenas três
anos. Já o total de pessoas assalariadas teve uma evolução de 23%, saltando de
762.757 (2007) para 939.790 (2010). Os salários médios mensais no Pará tiveram
uma ascensão de R$1.229,34, em 2007, para R$1.386,81, em 2010. Nesse período, o
crescimento da taxa salarial foi de 12,8%. Esta ascensão foi a terceira maior
da região Norte, atrás apenas de Rondônia (17%) e Tocantins (14,4%). Em
Roraima, a taxa de crescimento do salário médio real fechou negativo, na casa
dos 6,5%, sendo o pior do Brasil. Em 2010, o Pará foi o estado com o maior
crescimento em número de estabelecimentos comerciais (13.759) unidades locais,
seguido do Amazonas (7.334) e de Rondônia (6.668).
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