Item de
segurança deve ser aprovado pelo iNmetro e evita sequelas na hora de
acidentes
Para os motociclistas, o
capacete é item obrigatório no Brasil desde agosto de 2007 e deve ter selo de
certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial) e estar corretamente afixado por meio de cinta jugular.
No caso de cascos
sem viseiras, é obrigatório o uso de óculos de segurança (modelo que permite ao
motociclista a utilização simultânea de óculos de sol ou de lentes corretivas).
Para completar, a resolução obriga o uso de adesivo refletivo nas laterais e na
parte traseira do capacete.
Porém há
controvérsias, principalmente no que diz respeito ao tamanho e qualidade dos
refletivos e aos capacetes certificados fabricados antes da resolução, já que na
visão dos fabricantes, nenhuma lei pode retroagir.
Na verdade, a
resolução 203 é um complemento ao CBT (Código Brasileiro de Trânsito). Assim, o
Inmetro certifica produtos e fiscaliza as lojas. Cabe a polícia autuar os
infratores que não estiverem com capacetes certificados pelo orgão.
"É preciso
mostrar às pessoas a importância deste item de segurança. Ou seja, motociclista
consciente usa capacete homologado pelo Inmetro. O uso do capacete "coquinho" é
um crime e fere todas as normas de segurança", afirma Gustavo Kuster, gerente de
avaliação da conformidade do Inmetro.
Os capacetes
importados oficialmente vendidos no país passam pelos mesmos critérios de
avaliação. No caso específico dos modelos importados, há duas maneiras de se
fazer as análises: por lote ou ainda a ida de técnicos brasileiros ao exterior
fazer a avaliação do produto no próprio fabricante.
Contudo, os
modelos comprados por motociclistas em viagens ao exterior não poderão ser
utilizados no Brasil. "Só serão aceitos modelos certificados e que trouxerem o
selo do Inmetro", explica Kuster. Ainda segundo o gerente, na Europa não se pode
circular com capacetes produzidos nos Estados Unidos. "As normas de certificação
são diferentes".
Adesivos refletivos
Capacetes
ESPECIAIS custam até 10% mais caros do que os comuns, mas são
NESCESSÁRIOS
Os fabricantes e
importadores de capacetes tiveram que se adequar à resolução 203. Os capacetes
comercializados devem ter adesivos refletivos maiores. Isso acarreta um custo
adicional ao produto — matéria-prima, corte, aplicação, mão-de-obra — que, com
certeza, será repassado ao consumidor, ou melhor, para o piloto e ao garupa.
Para os modelos básicos, o aumento pode chegar até 10%.
Para Oswaldo
Coelho de Souza, diretor da Starplast — importador e fabricante das marcas Bell,
Bieffe, Peels e Fly —, a resolução 203 tirou de circulação os capacetes não
certificados, os perigosos coquinhos, além de modelos em péssimas condições de
conservação.
Gianfranco
Milani, gerente de Vendas da Taurus — fabricante e importador das marcas Taurus,
Zarref e Nolan —, segue o mesmo raciocínio do colega da Starplast, já que a
resolução vai varrer das lojas os capacetes coquinhos e os modelos que estão
fora de conformidade.
"Este item de
segurança deve ser vendido dentro de normas de segurança, mas a determinação
sobre o refletivo é um exagero, pois 52% dos acidentes acontecem com motos
trafegando nos corredores. O capacete tem a função de salvar vidas e não servir
de elemento de sinalização", critica Gianfranco.
Muito cuidado na aquisição de
kit de refletivos. Há adesivos sendo vendidos completamente fora do padrão
estipulado pelo Contran. Assim, o motociclista também poderá ser
autuado.
Penalidades
A
fiscalização fica a cargo das autoridades de trânsito, que devem observar a
inserção dos adesivos refletivos de segurança — nas laterais e na parte traseira
—, o selo de identificação regulamentada pelo Inmetro ou da existência de
etiqueta interna comprovando a certificação do produto.
A pena para quem pilotar
com capacete irregular é a mesma se o motociclista estivesse sem o item
obrigatório de segurança. Ou seja, a infração é considerada gravíssima. A
carteira é apreendida, o infrator "ganha" multa de R$ 191,52 e sete pontos no
prontuário. Além, é claro, das taxas de reboque e as diárias nos pátios dos
Detrans estaduais.
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