Inércia
Das 37 previstas no
programa, apenas oito estão em andamento na RMB
BRASÍLIA
THIAGO VILARINS
Da Sucursal
A estagnação das obras de infra-estrutura
urbana do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Região Metropolitana
de Belém, revelada pelo O LIBERAL na edição do domingo, tem movimentado a
bancada federal do Estado. Segundo dados do Ministério das Cidades, das 37
obras em habitação, saneamento, programas urbanos, transporte e mobilidade, 17
estão paradas, 12 não se iniciaram e apenas oito estão em andamento. Os prazos
para conclusão dessas obras são adiados repetidas vezes.
A inércia do PAC no Pará foi classificada
como "vergonhosa" e "um verdadeiro estelionato político"
pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). Ele disse que irá pedir nos próximos dias
uma audiência pública, na Comissão da Amazônia da Câmara dos Deputados, para
que representantes de todos o ministérios envolvidos nessas obras paradas dêem
satisfações. O deputado fez um levantamento que confirma que o Estado do Pará é
preterido pelo governo federal no andamento das obras do PAC.
Conforme ele, enquanto a média nacional de
execução do PAC, entre o ano de 2010 e agosto de 2011, é de 16%, no Estado do
Pará é de apenas 0,08%. "Se a média nacional é de 16%, nós poderíamos
está, pelo menos, em 10%, em 5%... Não precisamos está acima da média nacional.
O que também não seria nenhum absurdo, até porque a região é menos servida de
investimentos em infraestrutura do que as outras, historicamente. Então, nós
até podíamos está acima da média para compensar esse passivo histórico que nós
já temos. Mas a diferença é abissal, é escandalosa, é criminosa", disse.
O deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA)
também comentou a matéria e disse que o momento é de reunir forças políticas
para que as obras voltem a andar. "Isso é dramático. Obras estratégicas ao
nosso Estado estão paradas. É um atraso ao desenvolvimento do Pará. É algo que
independe de bancadas partidárias, então, a minha expectativa, é de que após
essa constatação, tão forte, apresentada pelo O Liberal, a gente consiga a
somatória de todas as forças políticas do Estado do Pará, no sentido de se
unirem, buscando pressionar o governo federal para liberar esse recursos",
destacou.

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