A partir de hoje, o cidadão paraense poderá obter seu atestado de
antecedentes criminais via internet. O documento é muito procurado pelas
pessoas que estão em processo de admissão no mercado de trabalho.
Esta forma de emissão do documento faz do Pará o primeiro Estado
da região Norte a disponibilizar o serviço com tecnologia própria. A
informatização do banco de dados da Polícia Civil (PC), que começou este ano,
possibilitou a criação do novo serviço online, que é administrado pelo governo
estadual, por meio da Diretoria de Identificação da PC. O lançamento oficial
será à noite,
Segundo informações da assessoria da PC, para garantir celeridade
ao processo de atualização, a corporação contratou pessoal extra para
trabalhar, inclusive aos fins de semana, na inserção de 300 mil fichas
criminais junto ao sistema de identificação criminal. Depois, foi desenvolvido
um programa por meio do qual a população poderá consultar gratuitamente os
antecedentes criminais e solicitar o recebimento do documento via e-mail.
Elaborado pela Diretoria de Informática, o programa estará disponível no site
da Polícia Civil a partir de hoje. "Será uma inovação, o cidadão poderá
imprimir seu atestado na hora, o que antes demorava até três dias na capital e
até 30 dias no interior do Estado", explica Ricardo Paula, diretor de
Identificação da Polícia Civil.
Para emitir o documento via internet, o cidadão deverá acessar o
site www.policiacivil.pa.gov.br e preencher um cadastro informando nome
completo, filiação, data de nascimento, naturalidade e números de RG e CPF.
Apenas quem tiver Registro Geral expedido no Pará poderá ter acesso ao documento.
Caso o documento da pessoa tenha sido emitido em outro Estado , é
necessário procurar a Diretoria de Identificação da Polícia Civil, que funciona
na avenida Magalhães Barata, nº 209, bairro de Nazaré, de segunda a
sexta-feira, em horário comercial. Outra novidade é que, com a emissão dos
antecedentes criminais pela internet, qualquer empresa ou empregador poderá
verificar a autenticidade do documento pesquisando no próprio site, utilizando
o número de protocolo do atestado.
Com a gratuidade do serviço, a PC deixará de arrecadar em torno
de R$ 25 mil correspondentes a quatro mil atestados expedidos manualmente todos
os meses. Por outro lado, a população terá menos custos. "A maioria das
pessoas que procura o documento é desempregada e muitas vezes nem tem dinheiro
da passagem de ônibus para se deslocar à Delegacia Geral para retirar o
documento, muito menos para pagar o valor do atestado, que custa R$ 6,43",
ressalta Ricardo Paula.
A partir de agora, as pesquisas dos atestados também deixam de
ser manuais, o que resultava em demora na expedição do documento, já que o
serviço mobilizava 15 servidores da instituição. "É importante informar
que, em caso de impedimento na expedição do atestado via internet, devido a
problemas com a Justiça, o cidadão deverá procurar a Diretoria de Identificação
da Polícia Civil para regularizar a situação", explica o diretor.

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